Ave Luz!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Estudando o Perispírito: Introdução parte 1


Bom.... Vamos iniciar o estudo sobre o perispírito.

Quando iniciei no Espiritismo, logo nas primeiras palestras me deparei sobre esse termo e que me causou certas dúvidas na época, sobre como era o funcionamento, como eram também as outras partes que nos envolviam. Tudo era muito diferente do catolicismo que pregava apenas corpo e alma. 

Consegui caracterizar a Alma como Espírito, e o nosso corpo físico obviamente com o corpo que temos... mas e o perispírito? 

Então esses questionamentos foram sanados aos poucos, no decorrer de outros estudos e ao “adentrar no mundo do espiritismo” de forma mais veemente. 





Kardec caracterizou o nosso ser de forma mais simplória, dividido entre três: 
Espírito – Perispírito – Corpo físico. 


Esse conceito irá variar de acordo com alguns autores e Espíritos, mas lembramos ser a visão própria. 

Nas obras de Kardec só fala dos três, o que quer dizer que não temos que desconsiderar as outras visões, uma vez que os estudos atuais mostram a existência de muitos outros corpos/camadas no nosso ser, baseando na própria evolução da D.E. e também de outras filosofias.

Então vamos caracterizar alguns conceitos primeiro, de acordo com a tradução do L.E. por Salvador Gentile.


Temos no número 76, a pergunta: “Que definição se pode dar dos Espíritos? 
-Pode-se dizer que os Espíritos são seres inteligentes da Criação. Povoam o Universo fora do mundo material. Nota: O vocábulo Espírito é empregado aqui para designar as individualidades dos seres extra-corpóreos, e não o elemento inteligente universal.

A conceituação de Espírito é diferente da conceituação espírito. Espírito com o É maiúsculo indica a individualidade do ser, enquanto espírito com a letra e minúsculo caracteriza o elemento inteligente universal, como dito na nota da questão n.76 do L.E.

E a constituição do Espírito? Pois para caracterizar a constituição do Perispírito temos que saber também do Espírito para fazermos a comparação.

Questão n.82 - É exato se dizer que os Espíritos são imateriais? 
-Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e como uma linguagem insuficiente? Um cego de nascimento pode definir a luz? Imaterial não é o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que sendo o Espírito uma criação, deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós, e tão etérea que não pode ser percebida pelos vossos sentidos. 
-Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque sua essência difere de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Uma comunidade de cegos não teria termos para definir a luz e seus efeitos. Um cego de nascença crê possuir todas as percepções pelo ouvido, o odor, o gosto e o tato; ele não compreende as ideias que lhe dariam o sentido que lhe falta. Da mesma forma, com relação à essência dos seres sobre—humanos somos verdadeiros cegos. Não os podemos definir senão por comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da nossa imaginação.

E quanto as outras características do Espírito?


A Q.n.88 – Os Espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante? 
-Aos vossos olhos, não; aos nossos, sim. Se quiserdes, é uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.
-Essa chama ou centelha tem uma cor qualquer?
-Para vós, ela varia da sombra ao brilho do rubi, segundo seja o Espírito mais ou menos puro.

Essa questão 88 é comentada pelo Espírito Miramez na obra Filosofia Espírita:

Muitos intentam saber se os Espíritos têm forma. Preocupam-se com certos detalhes que escapam às suas possibilidades de analisar de sentir. Eles não têm formas da maneira que de uni modo geral se concebe, por viverem em uma faixa diferente da vida física. Se tomarem alguma forma para se fazerem reconhecidos, podem mudar imediatamente, na hora que lhes for conveniente. Sua mente é, pois, uma força poderosa que a tudo transforma, com as bênçãos da sabedoria e do amor, conquistadas através dos evos. Todavia, para Deus, o Espírito tem um esquema, tem uma forma ideada por Ele, imutável na sua constituição divina.


A vida, principalmente do homem, é um eterno perguntar. E quem pergunta é porque desconhece as leis de Deus vigorando no universo grandioso. Nas regiões superiores não se pergunta; há outro, processo de aprendizado, por não existir ignorância, e quando se ouve a fala é a do Mestre, dentro da Sua espontaneidade, de maneira que os que ouvem assimilam o que corresponde às suas necessidades. Há algumas diferenças no que tange aos planos de vida. Certamente que os que vivem em regiões inferiores têm necessidades que são dispensadas nos planos elevados. Porém, todos caminham para a libertação espiritual. Há regiões no espaço em que habitam Espíritos de formas grotescas, que tomam aparências de verdadeiros animais e vivem como tais. Os sentimentos lembram as formas, e eles passam a viver naquele reino por vezes com as necessidades que convêm àquela classe.

A vida nos dá o que pedimos pela vivência, na região em que estagiamos. E os homens na carne não escapam a essa lei. O Espírito animalizado na carne não consegue transformá-la, no entanto, tem as aparências do reino em que vive e pensa. E a luz que nos circunda nos fala quem somos com clareza, pois é do dito evangélico que ninguém engana a Deus. As leis de Deus agem onde quer que seja, com a plenitude da sua força, nos dando de acordo com o que somos e nos fazendo ser o que conquistamos.

A reencarnação é uma bênção para os Espíritos inferiores, que eles próprios desconhecem. A carne é uma esponja absorvente das mazelas, quando isso acontece. A carne é um esconderijo, senão um conforto, para os prisioneiros da consciência. É justo que abençoemos o mundo físico, mormente quando passamos a conhecê-lo na profundidade dos seus objetivos. O corpo humano, para o Espírito, é a bondade de Deus visível aos que não têm olhos para ver o que não se pode ver com os olhos da carne.

Os Espíritos não têm forma, sob o ponto de vista da forma como pensas. No entanto, é uma chama divina, é uma luz, que o dotou de todas as qualidades a serem desabrochadas, de modo a enriquecer a vida, lembrando o seu Criador.

Não devemos parar de pesquisar as belezas espirituais, porém, devemos fazer isso processos ensinados pelo Evangelho, estimulando todas as virtudes no centro do coração, para que essa luz seja um sol a fim de confortar-lhe a consciência.



Então, conseguimos caracterizar brevemente o Espírito, sem entrar no âmbito de como é feito e etc.. apenas uma caracterização do mesmo. O estudo segue na próxima postagem.


Até.


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